terça-feira, 17 de julho de 2012

(Re) Escrevendo a história!

E parando pra pensar, a vida é todo dia. Ontem, hoje, amanhã os dias vão acontecendo. E eu penso o que deveria ter feito a vida toda, quantas coisas deixadas largadas como roupas espalhadas pelo chão, eu não fiz. Tropecei em sonhos, fiz permutas com o destino, apostei alto em promessas, apenas promessas, deixei vitórias para trás, e hoje escrevo! E porque eu escrevo? Talvez pensando na imortalidade, em virar lenda ou para guardar as lembranças pra idade que chega. Escrever me faz respirar, querer continuar todos os dias e mostrar o belo mundo imaginário que é mais real que qualquer outro mundo real. Rabisco a melancolia, coloco cores na nostalgia, desenho amores, soletro emoções, dou vida ao que existe apenas no mundo dos sonhos, isso mesmo: aqui é permitido sonhar e os sonhos são a própria vida acontecendo. Afinal, viver significa o quê? O que é normal, real, ilusão? Todo o mundo em um grande livro, isso é vida acontecendo!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

De olhos fechados se vê o que realmente importa




Clarice estava de olhos fechados e podia ver o invisível. Conseguia enxergar a beleza de todas as coisas que não conseguia ver de olhos abertos, as flores tinham mais cores, ela voava em um balão colorido, ia de um continente a outro em segundos, podia voar, ser a mulher maravilha, podia ser gente pequena, encontrava duendes e o fim do arco-íris com um pote cheio de felicidade que queria dividir com todos os "seus". Podia ver o amor acontecer nos olhos de quem tanto queria, sentir o cheiro da chuva caindo, podia ver o rosto de quem cantava a música, ela via o que não via quando estava de olhos bem abertos, mas o mais importante é que Clarice podia se ver. Ver dentro dela mesma todas as belezas guardadas em um cantinho especial, sem poeiras, tudo arrumadinho, por que ela é uma mulher organizada. Com a "grandeza" Clarice foi perdendo sua"muiteza" e esqueceu do quanto era especial e o quanto era maravilhosa por dentro, por fora era uma linda mulher, mas não se comparava ao que estava guardado... Ela sempre esperava o momento certo para se mostrar, revelar e quase nunca conseguia ser ela mesma. Se condicionou, virou uma igual, com todas as coisas guardadas, deixou de ser diferente e ficou igual. Por isso hoje ela parou, fechou os olhos, viu o invisível, viu ela como ela é. Quis se mostrar, colocou um lindo vestido, abriu um lindo sorriso, uma flor nos cabelos e foi atrás do tempo perdido, resgatar aquela mulher linda, cheia de vida, de sorriso aberto, de coração apaixonado, de olhos atentos, curiosa, interessante, teimosa, meiga e charmosa. Se despiu da amargura, pois conseguiu entender que coisas da vida são coisas da vida e acontece com todo mundo, ela não é mais uma vítima, agora ela sabe que dentro da sua história ela faz o papel principal e que apesar das dores, das lágrimas, dos sonhos perdidos, dos discos não ouvidos e do fim sempre anunciado as suas histórias de amor, ela sabe que ainda existe um pote no fim do arco-íris à sua espera. E como ela sabe disso? Ela simplesmente fecha os olhos!

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