quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Para você!

Sonhei com você pela terceira noite seguida. Você queria fazer parte da minha vida, estava insistente e certo disso, me falava dos planos, dos sonhos, do "nós" e como numa trilogia você entrou por três noites novamente em minha vida. Diz a supertição, que o três é o número finalizante, como passado, presente e futuro; nascimento, vida e morte; eu, você e ela. 
E eu entendi: nunca foi amor!!! Foi tudo, menos o tal do amor. Medo de ficar sozinha, insegurança, orgulho ferido, comodismo, amor fraternal, amor de quem quer cuidar, mas nunca amor de homem e mulher. 
Por um tempo eu pensei que era desamor rechaçado do amor, mas não. Na verdade era uma raivinha interna recalcada. E descobri que a raiva não era destinada à você, descobri que tenho resistido em manter você aqui. Talvez uma distração inútil ou uma aposta comigo "mesma" de que eu sempre venço no final ou talvez a simples idéia de que um dia você poderia voltar mesmo que em sonho. 
Então entendi que a raiva era por mim, todo aquele ódio que eu pensava sentir por você, na verdade era pra mim, um ódio por mim. Tinha ódio por ter deixado, mesmo a contra gosto, você fazer parte dos meus planos, tinha ódio por ter inventado uma semente que nunca existiu e ter feito dela brotar algo imaginário que eu acreditei ser o tal do amor, tinha ódio por mesmo depois de tanto tempo ainda me sentir incomodada com algumas coisinhas do cotidiano que me lembravam você. 
Hoje eu vim aqui pra dizer que acabou. Eu venci. Eu lutei contra mim mesma e acabei saindo vitoriosa. Ganhei em sabedoria, perdi em momentos, e quantos momentos cabem em um segundo? Quantas idéias se perdem em um minutos? Quantos amores se vão de repente, como disse Rubem Alves: amar é como ter um pássaro pousado no dedo, quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar. 
Deixo pra você a caixinha com coisas nossas, agora, vou cuidar de mim! 


Pessoal, com este texto, dedicado a todas as mulheres e "mulheres de alma" que conheço, que um dia sofreram esse desamor rechaçado do amor, é com esse texto que venho me despedir do Ovelha Negra. Outro blog já está sendo criado, inventado, e o Ovelha vai virar livro, assim eu espero. Agradeço pelo carinho que o Ovelha Negra recebeu de todos. Em breve o novo blog será divulgado. Recomeçar é sempre muito bom! Um grande beijo, valeu!






quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Metades




Não sou menina de metades. Gosto de histórias verdadeiras, emocionantes com um toque de intensidade que faça que meu chão sair do lugar.
Vivo cada pedaço da vida como se fosse a última fatia do bolo, respeito limites, não os meus, os dos outros. Meus limites eu pago pra ver.
Não procuro amores certinhos, romances de início meio e fim, não guardo mágoas, e procuro sempre entender o porquê detrás da história, vivo a magia.
Sou a típica menina que entra de cabeça na vida sem medo algum de encontrar a felicidade ou tristeza, eu realmente pago pra ver.
Porque não sou metade. Sou toda. Sou inteira. E amo inteirezas. Não sei o que é ser contida ou regrada.
E pra que serviriam as regras senão para mostrar que posso estar errada e assim viver o eterno "se", não vivo de "se", deixei o "se" pra música, com a licença poética.
Vivo de "agoras". De presentes. De histórias mal contadas, recontadas, bem contadas. Não importa, não quero mais metades, quero a eternidade terna, no eterno.







segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Condicional

Não sei diferenciar caráter. Acredito que todos são bons, até que se prove o contrário. 
Acreditar! Talvez seja esse meu maior defeito, mas também uma grande qualidade. Como disse Clarice Lispector, não se sabe qual defeito é a base que sustenta o edifício do nosso ser.
Então sigo acreditando, em mim, no outro, nos desejos do coração, na lágrima sincera, no sorriso aberto, no colorido da flor, na melodia da música que coloca em sintonia dois corações batendo ao mesmo tempo, acredito no amor e acima de tudo, acredito na história, no presente, em Deus e em tudo de maravilhoso que Ele pode escrever na minha vida.
O diário está aberto, cada dia se renova como se fosse ano-novo, e se acreditar é o defeito que sustenta minh'alma, quero continuar acreditando que tudo pode ser mais bonito do que parece, mesmo que por alguns segundos a visão perca seu alcance e eu não consiga enxergar bem o que vem adiante, a fé que coloca meus sonhos à prova me levará onde devo chegar! 



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