segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Das danças, surpresas e confusões... é vida acontecendo!



(coloca o som aí)


Ela sentia uma gostosa confusão. Não tinha muita certeza sobre nada ou sobre tudo. 
Não sabia se queria ser artista, desenhista ou apenas Benedita.
Era esse o nome daquela que todos conheciam por Dita.
Ela não queria o amor por que tinha medo de sofrer, mas morria de medo de ficar o resto da vida só.
Ela queria dançar, aprender todas as danças da vida, mas quando chegava na porta da escola, ela logo corria pra trás, com vergonha ou medo de não conseguir.
Ela queria viajar o mundo, conhecer todas as raças, cores, músicas, culturas, mas não podia largar seu mundo aqui.
Dita às vezes odiava o conhecimento e a sabedoria, por que quanto mais Dita conhece as coisas do mundo e refina sua sabedoria, mais e mais seu sossego vai embora.
Uma coisa Dita gosta muito, do mundo dentro da sua cabeça. Tem formas e cores tão diferentes, gestos e falas tão peculiares, é só ai que Dita se reconhece, dentro do seu mundo de imaginação, e ela fica ali por horas e horas e sempre acontece algo novo, do jeito que ela gosta e a bagunça dentro da sua cabeça vai embora.
Mesmo com toda a sua confusão, Dita é sábia nas palavras e tem conselhos pra qualquer um. Do cachorro ao "chefe" da casa, ela sabe conversar. E como gosta de conversar. Mas Dita ainda precisa aprender a dançar a dança da vida, aquela que se dança conforme a música, por que pra isso ela não é muito boa. Ela gosta de controlar e na maioria das vezes gostaria que tudo acontecesse à sua maneira, mas ela bem sabe, que a mão que escolhe a música e a coloca na vitrola, na verdade está fazendo com que Dita treine cada dança, que faz parte do seu grande show, que a qualquer momento começa, assim sem hora marcada, sem espetáculo anunciado, apenas começa. Por que a vida é assim, a maioria das boas coisas acontecem sem grandes expectativas, sem anúncio, sem aviso prévio. 
Por isso tenta seguir adiante sem programar ou marcar seus passos, ela segue dançando, mesmo não sendo uma excelente dançarina, a dança da vida, sem escolher a música... ela desistiu de controlar sua bagunça interna, e agora ela vive.

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